Pago a alternativa na qual não acreditei. Algebricamente, o que é levado em conta na hora de decidir no que acreditar é o valor presente descontado da soma dos produtos da diferença entre a alternativa escolhida e a alternativa relegada (supondo, por simplicidade, apenas 2 alternativa) e a probabilidade de cada um destes "estados da natureza".
Não da maneira que eu expliquei, hahaha. Mas a Letícia é capaz de entender... pensando bem, acho que nem eu concordo com o que eu escrevi. Com mais calma, sou capaz de dar uma resposta mais satisfatória.
De ambos. A alternativa não escolhida é o custo de oportunidade. Mas existe incerteza e assimetria de informação operando aqui. Quem promete pode não poder ou não querer cumprir. E está mais bem informado sobre as probabilidades do prometido ser efetivamente cumprido do que o receptor da promessa.
A especulação, por outro lado, é bem mais arriscada. Segundo Sassatani (1999), na Economia, não é incomum encontrar o termo risco como sinônimo de incerteza. De acordo com Machina & Rotstchild (1990, p. 227), apud Sassatani (1999), risco pode ser utilizado como sinônimo de incerteza ou informação incompleta. Um dos tópicos estudados na Microeconomia trata da escolha na incerteza [Kreps (1990) e Pyndick (1995)]. Contudo, coube ao economista Frank Knight (1972, p. 249) fazer a distinção entre risco e incerteza: "A diferença prática entre as duas categorias, risco e incerteza, é que na primeira a distribuição do resultado num grupo de casos é conhecida (quer através do cálculo a priori, quer das estatísticas da experiência passada), enquanto no caso da incerteza isso não ocorre, em geral devido ao fato de que é impossível formar um grupo de casos, porque a situação que se enfrenta é, em alto grau, singular". Pela definição de Knight, a diferença básica entre risco e incerteza consiste na presença ou não de uma distribuição de probabilidades sobre um certo evento. Dessa forma, incerteza se refere a situações em que não se conhece a distribuição de probabilidade dos resultados. Risco é a situação em que se podem estabelecer os possíveis resultados e suas respectivas probabilidades de ocorrência.
Acho que está mais para incerteza, ainda que eu tenha mencionado probabilidades. Isto porque acreditar ou não depende exatamente de uma esperança subjetiva sobre o que vai acontecer, e não de probabilidades bem definidas. A minha opinião sobre a probabilidade de realização de uma promessa por alguém pode muito bem ser diferente da tua.
12 comentários:
Na média, talvez. Mas, penso que quem se dispõe a prometer acha isto mais fácil.
creio que ele se dispõe a prometer muito porque é mais fácil acreditar...
de que necessita alguém para acreditar? quanto tu pagas para acreditares em qualquer coisa?
Pago a alternativa na qual não acreditei.
Algebricamente, o que é levado em conta na hora de decidir no que acreditar é o valor presente descontado da soma dos produtos da diferença entre a alternativa escolhida e a alternativa relegada (supondo, por simplicidade, apenas 2 alternativa) e a probabilidade de cada um destes "estados da natureza".
posso entender isso no primeiro semestre?
Não da maneira que eu expliquei, hahaha.
Mas a Letícia é capaz de entender... pensando bem, acho que nem eu concordo com o que eu escrevi. Com mais calma, sou capaz de dar uma resposta mais satisfatória.
Estamos falando de risco ou de custo de oportunidade?
De ambos. A alternativa não escolhida é o custo de oportunidade.
Mas existe incerteza e assimetria de informação operando aqui. Quem promete pode não poder ou não querer cumprir. E está mais bem informado sobre as probabilidades do prometido ser efetivamente cumprido do que o receptor da promessa.
Incerteza ou risco? O risco pode ser mensurado e a incerteza é subjetiva. Tô falando bobagem?
A especulação, por outro lado, é bem mais arriscada. Segundo Sassatani (1999), na Economia, não é incomum encontrar o termo risco como sinônimo de incerteza. De acordo com Machina & Rotstchild (1990, p. 227), apud Sassatani (1999), risco pode ser utilizado como sinônimo de incerteza ou informação incompleta. Um dos tópicos estudados na Microeconomia trata da escolha na incerteza [Kreps (1990) e Pyndick (1995)]. Contudo, coube ao economista Frank Knight (1972, p. 249) fazer a distinção entre risco e incerteza: "A diferença prática entre as duas categorias, risco e incerteza, é que na primeira a distribuição do resultado num grupo de casos é conhecida (quer através do cálculo a priori, quer das estatísticas da experiência passada), enquanto no caso da incerteza isso não ocorre, em geral devido ao fato de que é impossível formar um grupo de casos, porque a situação que se enfrenta é, em alto grau, singular". Pela definição de Knight, a diferença básica entre risco e incerteza consiste na presença ou não de uma distribuição de probabilidades sobre um certo evento. Dessa forma, incerteza se refere a situações em que não se conhece a distribuição de probabilidade dos resultados. Risco é a situação em que se podem estabelecer os possíveis resultados e suas respectivas probabilidades de ocorrência.
http://www.hottopos.com/convenit3/josiq.htm
Acho que está mais para incerteza, ainda que eu tenha mencionado probabilidades. Isto porque acreditar ou não depende exatamente de uma esperança subjetiva sobre o que vai acontecer, e não de probabilidades bem definidas.
A minha opinião sobre a probabilidade de realização de uma promessa por alguém pode muito bem ser diferente da tua.
Para mim também parece q incerteza se encaixa melhor nesse caso. Mas fiquei confusa porque tu falou em probabilidade.
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