segunda-feira, agosto 27, 2007

quinta-feira, agosto 16, 2007

No alvorecer do sedentarismo, subir escadas é contado como exercício físico.

quarta-feira, agosto 15, 2007

Na fragmentação, perde valor o todo.

Ou, no todo fragmentado, a parte perde relevância. A parte é órfã de uma alma total.

Uma moeda de 10 centavos não VALE dez centavos de um real.

Como fazer para partilhar sem perder a dimensão total?

Haverá um mecanismo para dar conta da desvalorização proporcional à repartição?

Quando há quase um demérito em ser parte, a solução parece ser o todo.

Como fazer a VALORIZAÇÃO inversa da parte?

sexta-feira, agosto 10, 2007

Parado no ar

Contradança, concordando com o par que vem
Acordando em sossego
Vem servindo de novo

Vem zunindo, soando e silêncio
Suado de novo,
Soando e suados, caímos os dois
Acabados

Contratempos, tantos e quantos
Como que pedalando contra o vento
O quanto pudesse agüentar
Ainda em silêncio

Mais, mais
Mais e mais
Do mesmo que não canso de provar
E acabei lambuzado

Espera um pouco,
Deixa o vento passar
Vou ficar aqui parado
Em silêncio.

quinta-feira, agosto 02, 2007

IV CANTO (o último e eterno canto do primeiro quadro)

agora só faltam as cores
e arrematar os detalhes
- tarefa não menos distinta

graça
a gente busca de graça
a nossa busca é de graça
dentro e fora do quadro
a gente ri junto

com dois pontos um plano de gráfico:
(eu rascunho sobre o livro de cálculo)
esboço uma curva ascendente
o traço se vai adiante

o trinco da porta cochicha - infinito

III CANTO

um pé no chão
e outro suspenso
quem sabe dançando
a fogo lento

a vida chama
que ascende e queima

a vida derrama
um balde de tinta na gente

e a gente vela e desvela
e a gente tenta pô-la na tela

fazemos arte - a gente parte
e a vida cumprimenta

II CANTO

há luz debaixo da cama
há luz por trás do vermelho
há luz batendo na porta
há dias vind'ouros chegando

e aquelas estrelas que brilham
brilharão em outros céus
pois que há luz sobre as trevas
há luz antes dos sóis

há nós
que não desatam

Primeiro quarto (esboços do primeiro quadro)

[há algo belo, que transfere o grandioso pra quatro cantos de um quarto]

I CANTO

dispenso o compasso

escrevo estrelas no teto

- a noite vive

acorda a mão em vermelho

amanheço a janela à mão livre

um verde perto da porta

- e parte de um travesseiro

meia na ponta da cama

a cama no meio do quarto

o quarto nos quartos de um quadro

e o tempo guardado no fundo

Quantas horas mais vão me bater...



Feita em 2005.
Concreto dura.