Deparamos-nos com processos de decisão coletiva em toda a parte. As sociedades precisam escolher quanto de seus recursos comuns deve ser alocado em estradas, na transferência de recursos dos mais abastados para os mais necessitados, ou para o pagamento de bolsas de estudo de pós-graduação. Para isto, alguma regra de decisão deve ser criada. Nas sociedades democráticas modernas, a maneira mais comum é que uma parte dos indivíduos da sociedade, chamados de eleitores, escolha um grupo de representantes encarregado de, sob determinadas regras pré-estabelecidas, fazer esta alocação. Nestas sociedades, tanto a escolha destes representantes como a alocação por estes efetuada costuma ser realizada através do voto. Mesmo em pequenos grupos, efetuamos escolhas que envolvem mais de um indivíduo: condomínios decidem se devem contratar um jardineiro ou pintar a fachada; clubes escolhem seus representantes; amigos escolhem se acompanharão o jantar com vinho, cerveja ou água. Enfim, as escolhas sociais são importantes em uma infinidade de aspectos de nossas vidas e uma boa parte delas envolve, implícita ou explicitamente, a existência de um sistema eleitoral. Quando se debate sobre a adequação de um sistema eleitoral, uma questão importante é a capacidade deste sistema de levar em consideração de maneira igual a escolha de cada indivíduo do grupo. Daí a importância do cálculo do poder de voto de cada eleitor e de cada colégio eleitoral, pois, dependendo das regras de votação utilizadas, os eleitores dentro de cada colégio eleitoral podem ter poderes diferentes para influenciar o resultado da eleição. Intuitivamente, em um sistema eleitoral justo, a preferência de cada eleitor deve ser igualmente levada em conta para a escolha social.
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Um comentário:
é um interessante e importante terreno, sujeito às mais variadas tendências. Talvez seja um bom começo perceber quais as mais significativas.
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