segunda-feira, outubro 30, 2006

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Porque era ela, era ele.
Sentia-se um palhaço. Doía-lhe a espinha. Fazia-o de bobo com sua prepotência. Ousada, apontava no seu nariz: vergonha. Enfadava-lhe aparecer. Talvez fosse mesmo a sua alma contida naquele pus retido.

O destino de quem é transparente.
Não tinha jeito. E aquele andar coisa-de-louco. Curvou-se em reverência natural. Ela passou cega e apressada como se percorresse a própria mão. Fez cócegas na dele. Estaria traçada na linha da vida.

Da última geração.
Tudo que tinha era pressa. Destino ou decisão, o que viesse primeiro. Não tinha dados ou dor. Muito menos a sorte de um amor. Fosse um computador! Mas era só a pressa. Peça do tempo sobre a ausência.

Réquiem para um desencontro.
O violão não ouviu a voz da luz. Sentiu o calor esticar suas cordas, silenciosa tortura expandindo seu corpo. O último grito veio em seis notas trágicas que o fogo rebentou. A lâmpada explodiu de dó.

Um comentário:

Anônimo disse...

aeeee!

não sei se gosto mais das oficinas pelo aprender ou pelo conhecer esse povo todo, caixinhas de surpresas, bombons de diversos sabores.

fiz a oficina do Galvani, sim, duas vezes, por sinal. Trabalho na Uergs e a oficina foi feita por lá.

e gostei muito do teu blog, acho esse troço de blogs formidável, antigamente não tínhamos essa chance tão escrachada de nos lançarmos aos céus literários e, ainda por cima, fazer amigos escritores!

um abraço e até a próxima.