segunda-feira, setembro 11, 2006

das vidas

a vida é um resquício de morte, um resquício de chão
é um caminho pro norte
e um pouquinho de me dá a mão

é quase desprovida de sorte
e comumente invadida por paixão

a vida voa, até se pilota
pede que numa língua sejas poliglota

a vida é brisa, avisa até
pede numa boa não sejas um qualquer

a vida é um resquício de morte, um resquício de não
uma força que não chega a ser forte
que não chega a ter sempre razão

a vida passa, até devagar
estremece quando acorda de um cochilo
e depois corre como pra recuperar

a vida é por isso desordem
é até furacão
a vida é daqueles mordem
para além da refeição

é para além
(como disse frederico)
do bem e do mal
é lugar paradisíaco
e ao mesmo tempo infernal

a vida é o homem só
e o que há de Deus em si
o resquício, o pó
e o vestígio de uma alma
que, calma, sorri

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