sexta-feira, maio 05, 2006

Rodrigo Cambará

Com certeza, posso dizer que é personagem de minha história. Através dele, ganhei marcas de batalhas, senti o gosto do sereno numa noite dum céu tomado por estrelas, ouvi o som de um violão festejando esta mesma noite, dei gargalhadas da seriedade moral, fui aos longes, aos campos todos do Rio Grande, cavalguei solito por serras, colinas, matas e pampas, e, pelo minuano, fui presenteado com seu cheiro de frio. Tocou-me uma adaga doutro frio, escorreu-me sangue quente, amargo e vivo, corri, roubei beijos, fiz caso da igreja e morri herói. E tudo ainda muito depois de ter fechado o livro.
Que hei de concedê-lo em homenagem?

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