terça-feira, abril 11, 2006

Se a verdade percebida parte de um ponto de vista, então a viagem de volta é uma viagem sem fim. Não existe ponto que possa ser recortado e colado com perfeição, isso porque, na realidade, não há ponto e sim movimento. A verdade que é acessível aos nossos sentidos está, por nossos sentidos, envolta em neblina. Fosse possível desprender-se do tempo e de todos os contextos em que nos encontramos, ou seja, desfeita essa névoa, ainda assim estaríamos sujeitos a uma verdade incompleta e desfigurada. De um certo modo, a verdade não deixa de inexistir. A existência não pressupõe algum sentido?

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