Governos de coalizão são formados para fugir do dilema que surge quando nenhum partido sozinho recebe apoio da maioria dos eleitores. Mas, quando os eleitores percebem que serão governados por uma coalizão, um efeito de realimentação ocorre e muda a natureza do voto.
Os eleitores racionais não votarão mais no seu partido ou candidato preferido; ao invés, levarão em conta as possíveis coalizões que surgiram devido à distribuição dispersa dos votos dos demais eleitores. Assim, a decisão do eleitor racional passa a depender de como ele pensa que os demais eleitores votarão: as eleições se tornam jogos, com os eleitores buscando estratégias mais favoráveis através da análise dos possíveis passos uns dos outros.
Anthony Downs, Uma Teoria Econômica da Democracia, clássicos 15, edusp, 1999, p. 170-171.
2 comentários:
Só de ouvir falar em jogos eu me arrepio... me lembro que tenho prova sobre isso (e outras coisas) dia 7/12. E não posso dizer que entendi bem o assunto, ou melhor, como se resolve um exercício de jogos.
as pesquisas também entram nesse jogo. infelizmente, na minha opinião, existem muito mais para tendenciar votos, penentrar nessas estratégias, desvirtuar as eleições que já tem o bastante de desvirtudes.
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