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moinho
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redemoinho
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rede redemoinho
redemoinho moinho
moinho rede
remoinho rede
moinho de rede
moinho de rei
moinho de rainha
de redemoinho
de rede
moinho
rede mundo moinho
de rei
rede mundo moinho
redemoinho
rainha
mundo de rede
moinho de mim
sexta-feira, junho 30, 2006
Equilíbrio em Estratégias Mistas e Cobranças de Pênaltis
Isto é economia
Segundo o Steven Levitt, do Freakonomics Blog (listado aí ao lado) e mais dois autores, os batedores de pênaltis agem conforme a previsão teórica da Teoria dos Jogos, exceto por um detalhe: eles batem muito menos embaixo e no meio do que deveriam.
Por que isto ocorre? A sugestão dos autores é que errar chutando no meio é muito mais vergonhoso do que errar no canto. Mesmo marcando mais, o jogador pode ficar com um estigma de estúpido, ou algo do gênero.
Se tudo o que um jogador quer é vencer, ele deve chutar baixo e no meio. Se ele preocupa-se em não parecer idiota, melhor escolher um canto.
Weast Coast
Roubei a imagem de http://www.fotolog.com/strawberryfire/?pid=13457086 que roubou de http://members.chello.nl/cvanderlely/wcpaeb/history/wcpaeb3.htm. Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.
terça-feira, junho 27, 2006
Dois clichês para um romance banal
Num encontro casual de duas pessoas - e hoje em dia não posso me limitar dizendo de sexos opostos - um dos dois (o que nutrir o conhecido interesse), ou ambos, num caso feliz, enfim, ALGUÉM evocará a idéia de coincidência, mesmo que para pessoas atentas esta seja bem discutível, mas, sobretudo, a partir dela sugerindo uma predestinação dos deuses, da vida, do destino mesmo, qualquer coisa assim, algo que se impõe sobre o mero acaso, assim inaugurando uma espécie de relação abençoada, afinal "estava escrito nas estrelas". Não satisfeito, ainda mencionará o fato de estar, exatamente naquele momento ou momentos atrás, pensando na outra pessoa, veja só - aí lançando mão de outro clichê essencial e tão sem sentido quanto, como se o ato de lembrar, recordar de uma pessoa a partir de qualquer evento fosse já de antemão algo que significasse carinho, omitindo todo aquele manancial de lembranças que simplesmente querem dizer nada senão que, sim, você tem uma mente ativa.
segunda-feira, junho 26, 2006
Toda espécie de bobagem
O importante sobre as bobagens é que elas saem de sua boca ou entram em seus ouvidos com seu descaramento natural, você não faz nenhuma objeção porque, afinal, é uma simples bobagenzinha, trivial o bastante para não provocar qualquer desvio de rumos. Você faz pouco caso. Ocorre que, por ruídos de comunicação ou excentricidades da linguagem, é saudável que, mesmo as bobagens, sejam minimamente contextualizadas - salvo as confusões intencionais muito utilizadas em propaganda. Afinal, somos todos ingênuos até que nos ensinem e provem o contrário. E, uma vez, acreditada, a bobagem passa a contagiar até a medula óssea do coitado. Ou de um país.
sexta-feira, junho 23, 2006
Desculpa para quando se é pego em flagrante
"Who are you going to believe, me or your own eyes?"
Groucho, meu Marx preferido.
Groucho, meu Marx preferido.
quinta-feira, junho 22, 2006
Cultura Corrupta
Como saber se fatores culturais importam para o nível de honestidade de uma sociedade? Uma forma seria colocar diversos indivíduos, de diversos países, selecionados aleatoriamente, vivendo sob os mesmos incentivos (conjunto de prêmios e punições para as atitudes por eles tomadas) por tempo suficiente e observar seu comportamento. Entretanto, tal experimento é, aparentemente, extremamente caro e difícil de implementar.
Ray Fisman, da Universidade Columbia, e Edward Miguel, da Universidade da Califórnia em Berkeley, descobriram uma situação em que algo parecido ocorre naturalmente: um experimento natural.
Scheinkman escreveu na Folha de São Paulo sobre o artigo:
segunda-feira, junho 19, 2006
domingo, junho 18, 2006
dias de febre
ficar irremediavelmente em casa
sem nem querendo fazer coisa alguma
qualquer brisa de vontade é coibida prontamente
com uma dor de garganta de pulso firme
e antes de cair na cama,
buscando o sono - casa de não sentir,
me arrisco enormemente ao reclamar
vá que a garganta saiba ler
- vá saber
sem nem querendo fazer coisa alguma
qualquer brisa de vontade é coibida prontamente
com uma dor de garganta de pulso firme
e antes de cair na cama,
buscando o sono - casa de não sentir,
me arrisco enormemente ao reclamar
vá que a garganta saiba ler
- vá saber
terça-feira, junho 13, 2006
O capitalista
Antes ao menos vendia a idéia de que descobria novos mercados. Em dias modernos esse pudor fez-se desnecessário, e é difícil hoje perceber algo não inventado por ele. Deixou de ser uma questão de simplesmente acreditar. Passou a ser lógico, muito porque aprendeu a vender com maior eficiência, mas certamente não só por isso. Quando alguém compra uma idéia gratuitamente, engana-se que a comprou por preço nulo. A grande sacada do capitalista foi evoluir o modo de cobrar, reverter a imagem de explorador a uma de ofertante, e você está dentro deste sistema, supostamente, somente por sua própria vontade. O capitalista aprendeu, também, a viciar. E viciar é fazer esquecer.
Agora, vítima assumidas são os melhores consumidores.
Agora, vítima assumidas são os melhores consumidores.
Coca Cola
O consumo de Coca Cola relaciona-se positivamente com a riqueza de um país, com a qualidade de vida de seus habitantes (medida por um índice da ONU) e com a liberdade. Pelo menos é o que diz a The Economist:
http://www.economist.com/markets/bigmac/displayStory.cfm?story_id=456039
http://www.economist.com/markets/bigmac/displayStory.cfm?story_id=456039
segunda-feira, junho 12, 2006
na morada do meu amor...
porque amor também repousa, sonha, descansa, recupera-se e canta e dança embaixo do chuveiro, acorda descabelado e toma café da manhã com os olhos pequeninos.
sexta-feira, junho 09, 2006
O teorema de Arrow
Segundo Kenneth Arrow no seu teorema da impossibilidade, é impossível agregar democraticamente as preferências dos indivíduos em uma escolha social que satisfaça certas propriedades desejáveis:
1-Universalidade: esta propriedade diz que o voto deve ter um resultado que ordene todas as escolhas possíveis e deve dar um resultado igual para um mesmo "perfil" de votos", isto é, não pode haver aleatoriedade no processo.
2-Unanimidade: se cada indivíduo na sociedade prefere uma certa opção com relação à outra, então a preferência da sociedade deve ser por esta opção.
3-Independência das alternativas irrelevantes: a escolha da sociedade entre 2 alternativas independe da existência de uma terceira alternativa.
O teorema da impossibilidade de Arrow afirma que se a sociedade possui pelo menos 2 membros (para um único membro, a escolha indivídual é igual à escolha social, e não faz sentido falar em agregação de preferências) e precisa tomar uma decisão entre pelo menos 3 alternativas, então um sistema de votação que satisfaça estas condições é necessariamente uma ditadura.
1-Universalidade: esta propriedade diz que o voto deve ter um resultado que ordene todas as escolhas possíveis e deve dar um resultado igual para um mesmo "perfil" de votos", isto é, não pode haver aleatoriedade no processo.
2-Unanimidade: se cada indivíduo na sociedade prefere uma certa opção com relação à outra, então a preferência da sociedade deve ser por esta opção.
3-Independência das alternativas irrelevantes: a escolha da sociedade entre 2 alternativas independe da existência de uma terceira alternativa.
O teorema da impossibilidade de Arrow afirma que se a sociedade possui pelo menos 2 membros (para um único membro, a escolha indivídual é igual à escolha social, e não faz sentido falar em agregação de preferências) e precisa tomar uma decisão entre pelo menos 3 alternativas, então um sistema de votação que satisfaça estas condições é necessariamente uma ditadura.
Varig
Quem vai pagar pelas dívidas da Varig?
Segundo o juiz responsável pelo caso Luiz Roberto Ayoub, não será o comprador. A julgar pelo resultado do leilão, os possíveis compradores não acreditam piamente nisto. A questão é que, certamente, alguém vai pagar estas dívidas e ninguém está disposto a entrar no jogo sem que as regras estejam claras. Parece que esta é uma situação comum na justiça brasileira. Juízes crêem ser possível uma solução onde ninguém saia perdendo. O problema é que ela não existe.
Minha aposta de quem pagará a conta? Acho que somos nós.
Segundo o juiz responsável pelo caso Luiz Roberto Ayoub, não será o comprador. A julgar pelo resultado do leilão, os possíveis compradores não acreditam piamente nisto. A questão é que, certamente, alguém vai pagar estas dívidas e ninguém está disposto a entrar no jogo sem que as regras estejam claras. Parece que esta é uma situação comum na justiça brasileira. Juízes crêem ser possível uma solução onde ninguém saia perdendo. O problema é que ela não existe.
Minha aposta de quem pagará a conta? Acho que somos nós.
quinta-feira, junho 08, 2006
quarta-feira, junho 07, 2006
Montanha Mágica
Andando sobre trilhos de fumaça
Eu vejo tudo tão sem direção
E quando rio de toda essa graça
Que dizem que é tudo alucinação
O cinza dessas ruas não me agrada não
E toda essa pressa por um tostão
Não tem, não tem, não tem nada não
E toda essa pressa é tudo alucinação
Vou subindo a montanha mágica
Lá eu vou me curar
http://www.tramavirtual.com.br/artista.jsp?id=22898
Eu vejo tudo tão sem direção
E quando rio de toda essa graça
Que dizem que é tudo alucinação
O cinza dessas ruas não me agrada não
E toda essa pressa por um tostão
Não tem, não tem, não tem nada não
E toda essa pressa é tudo alucinação
Vou subindo a montanha mágica
Lá eu vou me curar
http://www.tramavirtual.com.br/artista.jsp?id=22898
O vício
não quer sentir o gosto do remédio
não quer o tédio que não seja vício
já de início dispensa a verdade
que é, para si, impertintente:
ela não lhe reconhece dignidade,
ele dispensa sua patente
quer saber é da ignorância
quer saber da turbulência
o vício é um populista da maior eloqüência!
vende por preço alto o que nem tem valor
o vício é um horror disfarçado de santidade
o vício não escolhe idade, sexo nem cor
mas não é democracia! não se enganem!
profanem o vício, profanem!
não é certo nem errado
o vício é quadrado e quer te acorrentar
não o verá atravessar seu próprio mundo
ele vai cada vez mais fundo no seu poço vertical
o vício é, na verdade, um boçal disfarçado de importante
é pirata de um navio que deixou sem comandante
o vício avistará terras e proclamará até independência
com o selo oculto que perfaz sua enganadora transparência
não quer o tédio que não seja vício
já de início dispensa a verdade
que é, para si, impertintente:
ela não lhe reconhece dignidade,
ele dispensa sua patente
quer saber é da ignorância
quer saber da turbulência
o vício é um populista da maior eloqüência!
vende por preço alto o que nem tem valor
o vício é um horror disfarçado de santidade
o vício não escolhe idade, sexo nem cor
mas não é democracia! não se enganem!
profanem o vício, profanem!
não é certo nem errado
o vício é quadrado e quer te acorrentar
não o verá atravessar seu próprio mundo
ele vai cada vez mais fundo no seu poço vertical
o vício é, na verdade, um boçal disfarçado de importante
é pirata de um navio que deixou sem comandante
o vício avistará terras e proclamará até independência
com o selo oculto que perfaz sua enganadora transparência
segunda-feira, junho 05, 2006
sexta-feira, junho 02, 2006
Superpops
Fui ver O Código da Vinci. O livro não li porque já havia lido Anjos e Demônios, o qual definitivamente não se trata de um convite à leitura de sua (Dan Brown) insipiente coleção de livros que me recuso a chamar obra. Não que este último seja de todo ruim. Algo lhe salva, que é o mesmo que imaginei que salvaria o livro O Código da Vinci: a história é bem amarrada, resultado de uma profunda pesquisa do autor, que traz à tona algumas valiosas informações que provocam boas indagações em alguém em que tiver sobrevivido um mínimo de razão. O primeiro pensamento que tive ao encerrar Anjos e Demônios foi o de que este livro viraria um filme, sem dúvidas, hollywoodiano típico, porque trata-se exatamente de um roteiro para uma película nesses moldes. Daí porque resolvi ver o filme O Código... no lugar de ler o roteiro. Agora, disseram-me alguns que o filme exclui certas passagens e conta de forma diversa outras - mas eu duvido que no livro tivessem alguma profundidade, pois isto parece escapar de Dan Brown. E de fato, o que para mim se apresentou na tela não foi mais que uma série de links a serem pensados noutro momento (o filme obviamente não inclui um espaço para isso) reunidos numa trama simplória e forçada.
A História virou pop. Não consigo pensar em melhor exemplo do que este fato por mim presenciado ontem: o filme e seus apontamentos (mais especificamente um deles, que já exponho) era discutido no programa SuperPop, da Rede Tv!, apresentado pela cabeça mais pensante deste país, Luciana Gimenez. Meu irmão chamou pra ver, já que eu havia retornado do filme falando em Opus Dei, que - agora exponho - era o assunto em pauta do programinha (Deus ou os astros livraram Leonardo da Vinci dos maldizeres de Gimenez e seus convidados). Aqui, é necessário fazer ainda mais concessões para dizer que foi proveitosa a experiência de assistir. Sobre a apresentadora não direi mais que proporcionou os melhores momentos da noite enquanto manteve-se calada. Uma das convidadas era Tati do BBB, uma boxeadora que por algum distúrbio de personalidade acreditava ser uma estudiosa do assunto. Outra, não fiz questão de pegar o nome, mas tinha uma voz horrível, o que não vem ao caso, como não vinham nem um pouco suas opiniões - e ela era insistente. Tinha um, também anônimo para mim, que ganhou minha simpatia por seu costume de pouco falar.
Para completar a série de convidados irrelevantes - de forma estupenda - havia um padre (e o chamando assim ofendo a todos padres de bom coração e sã consciência - perdão), tirado não sei daonde, que, de duas palavras que falava, em uma se contradizia. Não consigo me furtar de dar o exemplo-mor: depois de ouvir sobre o teor da conversa, que discorria (como falei) sobre as impropriedades da Opus Dei de forma realmente contundente e indignadora (graças aos outros dois convidados-messias, a descrever), o padre quis levantar uma bandeira contra aquele despautério (práticas da Opus Dei), segundo ele a sociedade deveria reunir forças contra aquele desacato. Instantes antes, ele mesmo havia admitido ter feito uso do cilício (autoflagelação às ganha). Questionado sobre este indício de contradição (um pasmo de lucidez, irrepetível, na Luciana), o padre tratou de se explicar dizendo que fazia tal sacrifício porque não tinha o que fazer enquanto separava laranjas na Itália e, além disso, era bom para esquentar (?).
Uma ressalva que não pode deixar de se fazer diz respeito à bizarra narração das matérias que permearam o programa (todas relacionadas à Opus Dei). O pior é que as matérias ainda foram bem feitas, coitados. Digo, entrevistaram as pessoas certas, tentaram ouvir o pessoal da Opus (sem sucesso), foram nos lugares em que deviam ir, buscaram informações e as apresentaram. Só que o texto foi narrado por um desses caras que anunciam comercial de motel (mas quinze vezes mais forçada), numa voz pseudo-sexy (mas tão psedo que não enganaria a mais ingênua das freiras). Essa parte provocou risos estupefatos e depois gargalhadas incrédulas.
O que sobrou? Restaram os dois últimos convidados: Betty Silberstein, mãe de um numerário (praticante da Opus), que recentemente lançou o livro A falsa obra de Deus; e um ex-numerário, que seguiu a doutrina por 10 anos. A mãe luta para resgatar o filho da seita conservadora que o enganou e continua enganando. O ex-numerário conta dos pormenores da dita-cuja. Muito interessante, por vezes espantoso. Mas isso fica pra outro post.
A História virou pop. Não consigo pensar em melhor exemplo do que este fato por mim presenciado ontem: o filme e seus apontamentos (mais especificamente um deles, que já exponho) era discutido no programa SuperPop, da Rede Tv!, apresentado pela cabeça mais pensante deste país, Luciana Gimenez. Meu irmão chamou pra ver, já que eu havia retornado do filme falando em Opus Dei, que - agora exponho - era o assunto em pauta do programinha (Deus ou os astros livraram Leonardo da Vinci dos maldizeres de Gimenez e seus convidados). Aqui, é necessário fazer ainda mais concessões para dizer que foi proveitosa a experiência de assistir. Sobre a apresentadora não direi mais que proporcionou os melhores momentos da noite enquanto manteve-se calada. Uma das convidadas era Tati do BBB, uma boxeadora que por algum distúrbio de personalidade acreditava ser uma estudiosa do assunto. Outra, não fiz questão de pegar o nome, mas tinha uma voz horrível, o que não vem ao caso, como não vinham nem um pouco suas opiniões - e ela era insistente. Tinha um, também anônimo para mim, que ganhou minha simpatia por seu costume de pouco falar.
Para completar a série de convidados irrelevantes - de forma estupenda - havia um padre (e o chamando assim ofendo a todos padres de bom coração e sã consciência - perdão), tirado não sei daonde, que, de duas palavras que falava, em uma se contradizia. Não consigo me furtar de dar o exemplo-mor: depois de ouvir sobre o teor da conversa, que discorria (como falei) sobre as impropriedades da Opus Dei de forma realmente contundente e indignadora (graças aos outros dois convidados-messias, a descrever), o padre quis levantar uma bandeira contra aquele despautério (práticas da Opus Dei), segundo ele a sociedade deveria reunir forças contra aquele desacato. Instantes antes, ele mesmo havia admitido ter feito uso do cilício (autoflagelação às ganha). Questionado sobre este indício de contradição (um pasmo de lucidez, irrepetível, na Luciana), o padre tratou de se explicar dizendo que fazia tal sacrifício porque não tinha o que fazer enquanto separava laranjas na Itália e, além disso, era bom para esquentar (?).
Uma ressalva que não pode deixar de se fazer diz respeito à bizarra narração das matérias que permearam o programa (todas relacionadas à Opus Dei). O pior é que as matérias ainda foram bem feitas, coitados. Digo, entrevistaram as pessoas certas, tentaram ouvir o pessoal da Opus (sem sucesso), foram nos lugares em que deviam ir, buscaram informações e as apresentaram. Só que o texto foi narrado por um desses caras que anunciam comercial de motel (mas quinze vezes mais forçada), numa voz pseudo-sexy (mas tão psedo que não enganaria a mais ingênua das freiras). Essa parte provocou risos estupefatos e depois gargalhadas incrédulas.
O que sobrou? Restaram os dois últimos convidados: Betty Silberstein, mãe de um numerário (praticante da Opus), que recentemente lançou o livro A falsa obra de Deus; e um ex-numerário, que seguiu a doutrina por 10 anos. A mãe luta para resgatar o filho da seita conservadora que o enganou e continua enganando. O ex-numerário conta dos pormenores da dita-cuja. Muito interessante, por vezes espantoso. Mas isso fica pra outro post.
quinta-feira, junho 01, 2006
Parece contraditória sim. Mas podemos pensar na natureza contraditória do universo. Natureza intrinsecamente probabilística que não percebemos por vivermos em uma escala macroscópica. Macroscópica para os nossos padrões, bem entendido. Nos níveis subatômicos, tudo acontece ao mesmo tempo. Ao mesmo tempo, um fóton está em um ponto e em outro e em outro. No final o resultado é um só. A pergunta que fica é: o que acontece com as outras realidades que acontecem ao mesmo tempo? Elas continuam existindo paralelamente?
Mais interessante é pensar como seria nosso mundo se esta aparente desordem explicada pela física quântica ocorresse nas nossas escalas de espaço e tempo. Será que não acontecem? Infinitos universos paralelos derivados de cada ínfima possibilidade, e dando origem a tantos outros infinitos universos paralelos a cada instante. Mesmo naquela ínfima parte de todos estas realidades nas quais nós humanos existimos, existe uma infinidade de possibilidades tão absurdamente grande que é impossível concebê-la.
A grande questão que fica depois de tudo isto é: será que em alguma destas realidades eu vivo feliz com ela, só porque nesta eu resolvi tomar coragem e me apresentar em vez de ficar quieto, pagar a conta e ir embora?
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