quinta-feira, maio 13, 2010

No outro Rio

O Rio cinza me engana
O prédio velho, o porto feio
O frio do ar aqui dentro
com o triste das nuvens lá fora.

Fiz só uma forcinha pouca
e fácil reconheci como minhas
as construções de centro
que ao lado passavam.

Aposto que esse chuvisco veio do sul,
passou pela Argentina,
apeteceu uma parrilla,
ventou lá por casa,
e aqui veio molhar.

Transformou o prédio cinza
Janela arrancada
Num gordo passeio
De volta do Mercado del Puerto.

O que me acordou
foi o chiado de alguém por perto
Olhei novamente a volta
E o porto está do lado inverso.

2 comentários:

rômulo disse...

acordar.
muda a língua, muda a realidade. uma desperta, outra dorme. mas apenas dorme...

[tenho uma prima de nove meses. acho lindo, dessas belezas indescritíveis, o sono desses anjos. mas p q anjos? pq ingênuos? pq puros? p q puros? ando flanando loucamente pelas cabeças das palavras. em silêncio]

Felipe disse...

Opa
Tava fazendo falta por aqui!