terça-feira, maio 01, 2007

Trago largo

Ponho de lado a razão que,
em alto e bom som,
me fizeste esquecer.

Sigo pontos,
pontos de fuga assinalados
que atingem em cheio dois olhos.

Raros momentos,
uma dupla
acompanhando atenta toda a ação,
esperando algo acontecer.

Em um trago largo,
num único gole sorvo toda,
e o que sobra é um gosto amargo
que não me deixa dormir.


Escolho não responder,
crescer está fora de meus planos.
Sentada a minha frente pergunta calada e dou risada.

Passo a frente e receio que o passado me condene.
Um velho perguntou e deixei no ar,
por pouco não me perco.

Num instante de desleixo
põe-se tudo por água abaixo.
O amargo não vai embora
e não encontro razão para acordar.

3 comentários:

Arbº disse...

deixar a razão de lado tem suas conseqüências... como somos contraditórios!

Felipe disse...

Demorei prá entender a tua colocação, até porque não fiquei matutando o assunto. Mas voltando aqui, que me dei conta da contradição. Não se deixa de lado a razão sem racionalização...

Se não era isto, foi o que me ocorreu... abraço

Arbº disse...

sim
tenho pensado em uns quinhentos posts por dia, mas ando meio sem tempo. tomara que lembre de alguns quando tempo houver.